quinta-feira, 16 de abril de 2009

Vírus (a)

Tão pequena que tropeçou num átomo. E seu pulmão enchia-se com uma molécula de oxigênio.
Cavava a areia e colocava em seu balde como se enchesse de açúcar uma xícara sem café.
Mergulhava numa gota quase se afogando. Corre menos que as formigas.
Mas quando dorme sonha sonhos gigantes...capazes de engolirem o planeta.
E se tornou grande.
Tão grande que não cabia no mundo. Mas será que tinha uma alma?
Podia ter beleza oculta. Escondida o que era óbvio. E volto a falar de beleza. Beleza não é tamanho.
Tão quadrado que parecia uma estante. Tão formosa que parecia demente.
Tanta energia que ao invés de andar levitava. Tão apagado que parecia estar congelado.
Tão mesquinha que não dava nem risada. Tão alegre que enjoava de se ver.
Na fome da vida disputou uma acerola com uma abelha...
Lutou com uma borboleta por uma flor cheia de néctar...
Tão leve que foi levada pelo vento... do espirro de um bebê.

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